Por Mestre Jesley Alves @alves_jesley
A palavra "Macumba" vem da língua bantu, e não deve ser usada de forma pejorativa.
A cultura religiosa afro-brasileira merece respeito e valorização, e é importante ressignificar esse termo e usá-lo com orgulho.
Infelizmente, o racismo religioso contra os negros brasileiros se intensificou no início do século XX, com o fim da escravidão e a implementação do plano eugenista, que buscava embranquecer a população brasileira.
Nesse contexto, a cultura e a religião afro foram demonizadas, enquanto a elite branca das cidades grandes se apropriava desses elementos e lhes atribuía novos significados.
Um exemplo disso é a falsa narrativa de que a Umbanda foi fundada por Zélio de Fernandino de Moraes em 1908, no Rio de Janeiro, enquanto os morros da cidade já estavam repletos de macumba e macumbeiros há séculos.
Essa narrativa serve para legitimar a apropriação branca e negar a rica e complexa história das religiões afro-brasileiras.
Nas religiões afro-brasileiras de origem bantu, a reza e a evocação verbal são fundamentais para obter o favor dos espíritos, o que confere ainda mais importância à palavra e ao encantamento.
Portanto, é fundamental que empreguemos esses termos com orgulho e sem medo, resistindo à opressão e valorizando a riqueza cultural e religiosa do povo negro brasileiro.
Texto de Mestre
Jesley Alves
😮 Sou macumbeiro com orgulho e agora ainda mais. Salve...
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